domingo, 31 de janeiro de 2010

Bateria Biológica - A tecnologia do século XXI

O Século XVIII foi marcado pelo uso da pólvora e carvão, século XIX pelo desenvolvimento dos motores a vapor, o século XX foi marcado pelos motores movidos a derivados do petróleo e o século XXI, já a partir da sua primeira década, apresenta ao mundo as novas formas de movimentar e gerar a energia para nossos veículos e máquinas.
A tendência pelo que tenho analisado ao longo da última década é o advento da energia a bateria.
Usando baterias, não se necessita emitir gases nem precisa-se de escapamentos além do poder de manter cada vez mais km antes de recarregar.
Acredito que carros movidos a bateria elétrica são mais viáveis que os movidos a outras tecnologias como a solar principalmente pelo alto custo para sua implantação em escala industrial e caríssima manutenção.
A bateria é mais barata e menos poluente que todas as outras tecnologias apresentadas até agora.
A grande sacada do século XXI porém não é apenas a substituição do petróleo pela bateria e sim o combustível que vai possibilitar a essa bateria funcionar e gerar energia, já que as baterias de hoje usam fluídos e metais pesados tão tóxicos quanto o gases emitidos pelos veículos à gasolina.
Pois bem, diversas empresas e estudos estão sendo desenvolvidoas nessa questão. Ainda no fim de 2009 foi apresentada uma bateria que transmitia energia por uma simples folha de papel e agora, a Takara Tomy apresentou ao mundo o "ene Cargo" na feira TOY Forum 2010, em Tóquio.
Trata-se de um carrinho movido à bateria elétrica que funciona a partir da adição de AÇÚCAR.
Isso mesmo, quando ela estiver descarregando, basta adicionar alguns ml de refrigerante ou outra bebida com açúcar e ela recarrega, sendo capaz de movimentar um pequeno carrinho de brinquedo.
Isso porque essa bateria, desenvolvida pela Sony, obtém a energia elétrica a partir da quebra das moléculas de açúcar presente nessas bebidas e o melhor, o resíduo restante é apenas água e oxigênio, ou seja, nenhum produto tóxico.
Mas essa bateria não funciona só em carrinhos, a empresa chinesa Daizi Zheng produziu a serviço da Nokia um celular que usa o mesmo princío e assim criou o primeiro celular sustentável pois pode susbituir a velha bateria de lítio, altamente poluente, pela bateria biológica que é totalmente biodegradável e economiza o desperdício de matéria-prima.
De olho nisso, dá para projetar que a bateria biológica será a marca da revolução no modo como as máquinas e veículos funcionam hoje.
Assim como o advento do carvão revolucionou o uso da tração animal e depois o motor movido aos derivados do petróleo superou o carvão, essa bateria biológica será a responsável por toda uma revolução no modo de se fazer carros, máquinas e tudo que o homem produzir que necessitar de um motor ou energia elétrica pois além de ser uma tecnologia limpa é biodegradável e não utiliza metais pesados como as baterias convencionais.
Esse é o século em que vivemos, ao mesmo tempo em que descobrimos o modo perfeito de ter um veículo sem poluir usando a bateria biológica, o Governo do Brasil comemora extasiado o fato de ter enormes reservas de petróleo a serem ainda perfuradas, refinadas e que necessitarão de extrema destruição ambiental para serem retirados os primeiros barris.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Avatar no Imax

Neste fim de semana passei pela sensacional experiência que o filme Avatar proporciona no cinema Imax 3D.
O Imax fica no espaço Unibanco, no shopping Bourbon Pompéia, ao lado do Estádio do Parque Antártica e chama atenção pelo tamanho da tela.
O filme é projetado numa tela de 14 m de altura por 21 m de largura, a maior da região.
Além disso, os efeitos que essa tela gigante oferece são ampliados pelo 3D, que permitem ao espectador a sensação de estar dentro do filme.
E Avatar eleva essa experiência a um novo grau pois utiliza muito bem todos os recursos que o 3D e o Imax oferecem.
O diretor James Cameron pode ser "gastão", já que fez o filme mais caro da história, mas provou que sabe produzir blockbusters e como manter o espectador grudado junto ao enredo do filme e maravilhado com os efeitos visuais e sonoros.
Por tudo isso Avatar em 3D torna-se uma experiência sensorial incrível e espetacular.
O ponto negativo do Imax é para quem senta nas primeiras fileiras pois como as cadeiras estão dispostas no sistema Stadium, as primeiras ficam muito próximas à tela que como é enorme não permite ao espectador visualizar tudo o que está aparecendo na cena.
Outro ponto negativo para quem sentar na frente é que em determinadas cenas a legenda fica embassada devido à proximidade da tela.
Porém nenhum desses pontos negativos chega a ser insuportável.
O preço do ingresso é um pouco "salgado", custa R$30,00 a inteira porém devo admitir que para quem gosta de cinema vale a pena pagar e aproveitar a experiência que o filme e o cinema Imax possibilitam.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Haiti do paraíso ao inferno

Ao longo da última semana assisti atento e perplexo aos diversos vídeos postados na internet e nos jornais televisivos nos momentos em que o Haiti veio abaixo devido ao terremoto que assolou a pequena ilha que forma o país na América Central. O tremor nem foi um dos mais fortes porém devido a pouca estrutura das contruções e do país no geral, o caos tomou conta do antes paraíso tropical Haiti.
O país acompanha os demais da região como República Dominicana, Bermudas, Bahamas, sobrevive apenas do turismo de seu litoral e da venda de produtos manufaturados.
Por isso, tenso o país ruído sob seus destroços, não há mais empregos, nem comida, nem água potável, nem ordem, nem o próprio Governo resistiu já que até o palácio da presidência ruiu.
Com tudo isos seria impossível manter qualquer ordem por isso o país está em total caos. Não bastasse a situação, o desespero de não ter o que comer nem ocupação, leva as pessoas que já não têm muita índole a cometer crimes, saques e instaurar de vez o inferno na região.
O ser humano possui como caractéristica exibir um lado sombrio nas situações caóticas. Parece gostar de piorar as coisas quando as coisas já estão ruins. Percebe-se que em todas essas tragédias o repete-se esse estado de agressões e crimes dos próprios sobreviventes entre si, como nos episódios de Nova Jérsei após o furacão Catrina por exemplo.
O problema é que esta insegurança é absurda já que atrapalha que a ajuda humanitária possa chegar aos que aind aestão em risco de morte ou debaixo ainda dos escombros. Aí vejo nas imagens de um lado da rua bombeiros retirando corpos e sobreviventes debaixo de colunas e muros euqanto do outro lado da rua estão fazendo saques nos mercados e casas que restaram em pé. É a ironia e o absurdo que causa comoção e tristeza para mim.
É triste ver tantos semelhantes que já tinham uma vida miserável agora vivendo abaixo da miséria, vivendo num verdadeiro inferno tropical.
Mas de tudo isso, ainda é possível tirar pontos positivos. O mais relevante é o sentimento de solidariedade do resto do planeta com os haitianos.
Artistas, governos e a iniciativa privada, da maneira como podem estão enviando suas ajudas, seja pela diretamente pela força dos braços para ajudar os bombeiros ou de longe doando dinheiro, uma rede de ajuda humanitária se uniu à ONU a fim de ajudar e auxiliar no resgate dos sobreviventes e depois para restabelecer o mínimo da ordem básica de direitos e serviços no Haiti.
Vendo essa comoção planetária, senti um otimismo em acreditar que talvez o ser humano ainda tenha alguma salvação, já que no momentos de dor consegue despertar além do lado sombrio também a solidariedade e a fraternidade.
Nossa sobrevivência vai depender de qual lado será mais forte nas próximas décadas, se o lado sombrio ou o solidário.

São Paulo - Piauí

Olá pessoal, acabaram as férias e estou de volta para criticar, comentar e refletir acerca do mundo em que vivemos e das relações que nele existem, lançando o olhar analítico e jornalístico.
Há muito o que comentar nesses apenas 19 dias da nova década que se iniciou, mas abordarei acontecimentos como o desastre no Haiti nos próximos posts.
Quero iniciar comentando um pouco sobre uma viagem que fiz entre São Paulo e a pacata cidade de Massapê do Piauí.
Foram 11 dias, mais de 5 mil quilômetros rodados numa van, 5 Estados atravessados e muitas histórias para contar.
Viajar por terra é sempre interessante porque permite a você conhecer de perto não só a paisagem, mas as pessoas que ali moram à beira da rodovia e também conhecer mais de perto suas vidas.
Pela janelinha do aviaõ tudo é pequeno e insignificante, pela janela do carro tudo fica mais claro e o ganho cultural acaba sendo bem maior.
Nessa viagem pude conhecer de perto a vida dura do interior Nordestino. Ainda que na cidade de Massapê localizada a mais de 350 km da capital Teresina, não exista a miséria extrema nem as cenas de filme do sertão com enormes desertos onde só existe o tal do xiquexique, espécie de cacto brasileiro.
Não, nessa região pela qual passamos existe água e vegetação em demasia o que falta porém é a vontade política. A maior parte das casas do interior piauiense não possuem água encanada, o que força a populção a depender dos carros pipa, de buscar água em poços artesianos ou aguardar a água literalmente cair dos céus e encher as cisternas na época das chuvas. Essa aliás foi a única ação do Governo para ajudar esse povo esquecido, construir algumas cisternas...
Mas talvez exista um porquê desse descaso. Já parou para pensar que em São Paulo que vive tendo chuvas o ano todo ainda assim falta água em diversas regiões, como no litoral e na grande São Paulo na região de Caieiras, Francisco Morato e Fanco da Rocha? Agora pense que já falta água em São Paulo onde existe muitos rios e chuva porém 95% da populaçao possui água encanada e boa parte do resto do nordeste não. Então pense, e se realmente todo o cidadão nordestino e nortista tivesse acesso a água encanada, não haveria realmente demanda para atender a todos, já que conforme expliquei, sem essa demanda já falta em São Paulo por exemplo. Portanto talvez seja uma das explicações para os diversos governos não se esforçarem muito para acabar com a sede do povo interiorano.
Aliás no Nordeste você percebe como aqui nos grandes centros reclamamos muito de tantas coisas insignificantes. Claro que todos temos problemas e dificuldades, mas as do povo de lá fazem jus ao básico. Enquanto aqui você pode reclamar de ter de tomar ônibus em pleno trânsito para chegar em casa ou de que o sinal da internet está ruim, lá o povo além de trabalhar o tanto que aqui volta a pé para casa e ainda tem de buscar a água do banho no balde carregado na cabeça.
Acompanhei essa vida dura de perto, e compreeendi com facilidade o porquê do êxodo nordestino rumo ao sudeste ao longo das últimas décadas. O sonho de todo jovem de lá ainda hoje é vir para São Paulo ou Rio de Janeiro e deixar a vida pobre e abastada para trás.
Viajar para o Sudeste é o objetivo de vida de quase todos os jovens nordestinos, algo parecido com os jovens de classe média alta que aqui no Sudeste têm como objetivo morar em Nova York ou na Europa.
Para o povo de Massapê, vir para cá significa abandonar tudo o que de ruim existe na região em que vivem, mal sabem que vindo para cá sem estrutura para se manter só trarão mais problemas para si mesmos e para a cidade num todo que já está superlotada , basta pegar a Marginal Tietê em qualquer horário durante o dia para perceber.
Por falar nisso, as rodovias são um capítulo à parte nessa história. Ao mesmo tempo que sinuosas e perigosas revelam paisagens belíssimas com serras, cachoeiras, campos enormes cheios de vegetação variada. Me chamou atenção na Bahia diversos rios de areia que econtrei pelo caminho. Na placa aparecia escrito ponte sobre o "rio tal" mas sob a ponte só havia areia.
Chama atenção também o tamanho colossal do Rio São Francisco, pelo qual passei na divisa entre Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Na Bahia aliás foi onde encontrei as piores estradas, nos trechos que abrangem a BR-407.
O trecho entre Capim Grosso e Senhor do Bonfim é um dos piores, em certas partes da pista próximo a pequeníssima Richaçao do Jacuípe, a rodovia federal simplesmente não tinha nenhum tipo de sinalização, nem placa, nem sinais retrorefletivos muito menos o básico que são as faixas pintadas no asfalto. Não, não havia nada, é uma pista totalmente limpa.
Por isso me causou estranheza o fato de ter visto em todo o Nordeste, passando pelas BR 407 e 116, apenas um acidente. Enquanto que no trecho da Fernão Dias sob concessão da OHL, onde por ter diversos pedágios a rodovia é super bem cuidade e sinalizada, possui os sentidos divididos por canteiro e duas pistas para o tráfego, as vezes até três, tanto na ida quanto na volta foram pelo menos uns 12 acidentes, com carros e caminhões tombados às margens da rodovia. Um amostra da irresponsabilidade dos motoristas que por estarem numa pista melhor acham que podem abusar da velocidade.
Mas enfim, o espaço é curto e as histórias são muitas, por isso durante o ano postarei mais de toda a experiência que adiquiri nessa jornada.
Quero apenas destacar o que eu trouxe de volta dos lugares por onde passei e das pessoas que conheci: Primeiro que devemos dar muito valor a vida que possuímos no Sudeste pois se aqui está ruim tenha certeza de que em outros lugares está bem pior; segundo que é possível sim viver sem celular e internet e ainda ser feliz; terceiro que o povo brasileiro é muito trabalhador, sofrido e mesmo assim alegre e receptivo, apenas nas grandes metrópoles encontramos pessoas desconfiadas e fechadas para a sociedade, no resto do país as pessoas querem dividir não se esconder atrás dos muros de suas casas sem nem ao menos saber quem são os vizinhos como acontece aqui nos grandes centros. Em quarto que o Governo não faz nada para melhorar a vida do seu povo, pois no Nordeste não falta água, aliás lá tem de sobra em açudes e nos diversos poços, falta é vontade política de levar a água a quem precisa.
Enfim, o que ficará marcado para mim dessa viagem é aquele slogan de publicidade do Ministério do Turismo, " o melhor do Brasil é o brasileiro", viajando esses 5 mil km atravessando São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piuaí pude perceber que essa frase exprime com clareza e verdade o olhar de quem viaja por esse país.