Pesquisa feita pela Fundação Seade em 266 cidades por todo o país mostram que os jovens entre 19 e 24 anos são os maiores alvos da violência no Brasil.
Em seguida vem os jovens entre 25 e 29 anos. Esses dados se justificam por outro levantamento feito pelo Datafolha. Segundo o instituto 55% dos jovens brasileiros já viram corpos de pessoas assassinadas estirados pelo caminho e 31% afirmou facilidade total em conseguir uma arma de fogo.
Logo, pode concluir que jovens que flagram seus colegas mortos podem facilmente adquirir armas e partir pra vingança, ou até para o crime acreditando ser forma mais fácil de fugir da miséria em que vivem ou para os "boysinhos", apenas curtir com a galera zoando com um revólver na mão e nada na cabeça.
Em todo caso, a vítima é quase sempre a juventude inocente que sofre com a brutalidade de uma sociedade sem limites tanto para viver quanto para matar.
A juventude brasileira vive num ritmo alucinante, em que tudo deve ser mais rápido. Quer-se tirar a carta de motorista antes, engravidar antes, casar antes, fumar e beber antes, transar antes, matar e morrer antes. Tudo nessa juventude é rápido e pouco intenso o que evidencia a brutalidade de nossos tempos.
Brutal tanto na maldade que existe em algumas mentes que mesmo tão jovens são capazes de atrocidades inimagináveis até em cabeças experientes, quanto brutal na ação de destruir, as vezes com prazer, a vida do próximo a troco de nada mais do que a satisfação de um vício ou vontade momentâneos.
Ainda segundo esses levantamentos todos, São Carlos e São Caetano do Sul, ambas as duas em São Paulo, são as duas cidades em que o jovem corre menos risco de ser violentado enquanto Itabuna (BA) e Marabá (PA) são as cidades em que o jovem está mais vunerável à violência.
Após 40 mil anos de evolução será que começamos a regredir? Houve um tempo em que acreditava-se que a evolução seria adormecer a selvageria instintiva humana após o convívio em sociedade porém o que se vê é a brutalidade extremada em todos os níveis e classes sociais fazendo vítimas em todos os níveis e pior, na juventude que ainda estava tentando iniciar sua vida.
Vivemos num país em que tudo é precoce, tanto nascer (filhos de mães cada vez mais jovens) quanto para morrer, vítimas jovens de assassinos mais jovens ainda.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
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